Quais são os melhores brinquedos?       

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Muitas vezes damos por nós a comprar brinquedos atrás de brinquedos só porque achamos engraçado, mas nem temos noção das suas funcionalidades ou se será mesmo imprescindível para o desenvolvimento da criança. Nesse sentido, pode ser colocada a pergunta: será mesmo isto necessário? Afinal, que tipo de brinquedos serão os mais adequados? 

Claro que existem brinquedos mais adequados dependendo da faixa etária em que cada criança se encontra. Esta é uma das coisas da qual toda a família deve estar consciente quando for escolher presentes para oferecer.

Claro que se torna essencial diversificar as opções de brinquedos, garantindo que a criança se divirta e adquira conhecimento, mas é preciso entender uma coisa, se tem, por exemplo, 7 quebra-cabeças em casa, mesmo que sejam de personagens diferentes, o estímulo proporcionado à criança será sempre o mesmo.

Desta forma, é importante que perceba quais as necessidades do seu bebé e, a partir daí procurar melhores opções de brinquedos e/ou instrumentos que estimulem e fortaleçam ainda mais essa aptidão. 

O segredo é aprender a brincar 

Os brinquedos são considerados agentes de desenvolvimento e, quando conseguem proporcionar diferentes estímulos, fortalecem ainda mais as aptidões e o desempenho da criança no mundo. Ora, isto é muito importante, já que muitas pessoas têm a perceção de que apenas os “brinquedos educativos” ajudam no desenvolvimento.  Porém, não se deixe enganar! Todos os brinquedos ensinam sobre comportamento, partilhar, e grande parte deles ajudam a criança a lidar com o egoísmo infantil e muitas outras fases iniciais inerentes ao desenvolvimento.

Por exemplo, no caso dos bebés é muito simples criar sacos/garrafas sensoriais com diversos materiais, tais como: grão, pompons, tinta, folhas, bolas de gel, etc., de modo a estimulá-lo. Estes tipos de “brinquedos” e instrumentos permitem desenvolver a coordenação motora fina, a concentração, a visão e o tato. 

Lembre-se de que o nosso papel é pensar em estratégias divertidas que levem a criança a querer explorar e saber mais sobre um determinado assunto, criando curiosidade. Assim, é possível aprender a brincar, seja em que idade for, só é preciso usar a imaginação para tal. Fazendo isto, na maioria das vezes, a criança fica tão envolvida na brincadeira que nem se apercebe que está a aprender. 

 

Partilhar: brinquedos são sinónimo de dividir a diversão 

Piaget, psicólogo construtivista, cuja teoria e pensamentos contribuíram para o entendimento do desenvolvimento infantil e aprendizagem das crianças, explica que as crianças são “pessoas cujo processo cognitivo é marcado por um egocentrismo intenso, caracterizado pela confusão entre significante e significado”, ou seja, as crianças apresentam uma certa dificuldade em entender conceitos sociais mais complexos como, por exemplo, a partilha. 

Deste modo, deve-se pensar em truques simples e práticos para ensinar desde cedo o que é a partilha e, para isso, nós devemos ser o exemplo; mostrem o bom de partilhar e sempre que isso acontece valorizem a iniciativa da criança. Tentem perceber o porquê de não querer partilhar e falem com a criança, pois a conversa pode resolver muitos desacatos. 

 

Brincar na rua

Há outro ponto fulcral que não te podes esquecer! Brincar fora de casa mantendo contacto com a natureza é insubstituível para o desenvolvimento das crianças, pois  enquanto se brinca aparecem obstáculos necessários de ultrapassar e, de certa forma, arranjar ferramentas que ajudem a resolver o problema. A criança deve ser detentora de autonomia, testar e perceber como fazer as coisas para atingir o objetivo.

Certamente já ouviste falar do Professor Carlos Neto, Professor Catedrático da Faculdade de Motricidade Humana, da Universidade de Lisboa, e um dos maiores especialistas mundiais na área da brincadeira e do jogo, defende que a criança também irá desenvolver uma capacidade percetiva em relação ao espaço físico envolvente e em relação aos outros. No seu livro “Libertem as crianças – A urgência do brincar e ser ativo”, são abordadas estratégias para se inverter esta situação potencialmente catastrófica e sim, desenvolver a magia da infância, pois só assim é possível criar adultos felizes e saudáveis. 

Deste modo, o ambiente escolar também influência bastante o desenvolvimento da criança. Afinal, é na escola que a criança tem os primeiros contatos com o mundo exterior sem os pais. Daí, escolher uma escola que ofereça estrutura de diversão, brinquedos conscientes, alimentação saudável e uma pedagogia que estimule cada vez mais o seu filho, é uma missão que se deve ter em conta. Cada família deve procurar a escola com a qual se identifica.

 

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A importância de brincar

Brincar com o seu filho é o melhor brinquedo

Até aqui, quantas possibilidades de brincadeiras e brinquedos já abordei? Como vês, não é necessário adquirir brinquedos específicos para o desenvolvimento da criança, a exploração sensorial é a melhor ferramenta que elas podem usar para o seu crescimento. 

Ou seja, o mais importante acaba por nem ser o brinquedo, mas sim o que se faz com eles, sendo o melhor brinquedo considerado aquele que promove a interação entre a família e a criança, através da brincadeira incondicional. 

Por isso, dêem asas à vossa criatividade e construam os próprios brinquedos em família. Quantas histórias podem ser criadas a partir das sobras de uma lanterna no quarto antes de dormir? Desta forma, podem vivenciar momentos únicos e inesquecíveis que não podem ser comprados de forma alguma. São esses tipos de momentos que ficarão para sempre guardados, criando memórias e ajudando a formar o carácter das crianças. 

Concluindo, o melhor brinquedo é, sem dúvida, aquele que permite criar uma imaginação incalculável ao seu redor. 

Espero que este artigo te faça refletir e perceber que o faz de conta é a melhor brincadeira de uma criança, seja ela feita dentro de casa ou ao ar livre. Nunca te esqueças disso, pois os primeiros 3 anos de vida de uma criança são essenciais para o seu desenvolvimento e crescimento. 

Além disso, é preciso brincar em qualquer faixa etária e o tempo dedicado a isso é cada vez mais escasso e não podemos permitir isso. Boas brincadeiras!